A ideia, segundo a pesquisadora, é mapear potenciais e desafios do que está sendo desenvolvido em sala de aula em três temas principais: combate à desinformação, análise de mídia, e uso ético e crítico de tecnologias digitais, para então propor a elaboração de um curso de formação continuada para os professores. Clique aqui e responda o questionário!

 

 

Como trabalhar fake news e desinformação em sala de aula? Como fazer com que os estudantes usem o celular de forma saudável? Como protegê-los de discurso de ódio? Ou quem sabe, como ensiná-los a analisar os jornais e selecionar melhor as informações que consomem? Bom, nem sempre isso é fácil para nós, professores, imagina para os alunos. Por isso, é preciso refletir sobre como agir.

 

Todas as perguntas acima pertencem ao universo da Educação Midiática, que é o tema de investigação proposto pela pesquisa de pós-doutorado em Comunicação de Nathália Coelho da Silva, membro do ObservInfo, com os professores de Educação Básica da Secretaria de Educação do DF. O título é Educação Midiática e a formação continuada dos professores de Educação Básica pública brasileira: o caso do Distrito Federal.

 

A pesquisadora quer compreender como os docentes da rede já estão desenvolvendo o que é proposto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) nas Competências gerais 5 e 7 da BNCC e do “campo jornalístico-midiático”, em termos de conteúdos específicos e transversais em Educação Midiática.  

 

Para tanto, a pesquisa se desenrolará em três momentos:

 

1. Mapeamento geral com o questionário dos hábitos de consumo passivo e uso ativo do ambiente digital pelos professores; conhecimentos sobre os documentos educacionais no tema e por fim, as ações didático-pedagógicas.

2. Em seguida, a pesquisadora selecionará docentes que tiverem propostas relevantes para uma entrevista posterior para entender melhor o que está sendo feito.

3. Por fim, os materiais didáticos dos participantes da entrevista serão analisados com o intuito de compreender os níveis de criticidade.

 

O questionário é simples, mas é um pouco longo. Então, guarde uma meia hora para as respostas. Não se preocupe! Sua participação é imprescindível e qualquer professor/ professora da rede pública do Distrito Federal pode participar – independente de disciplina, nível, série escolar, natureza da vinculação. A única exigência é que esteja na ativa, em sala de aula. 

 

A partir das conclusões gerais, Silva pretende elaborar uma proposta pedagógica de curso em formação continuada para os professores e, quem sabe, incentivar a implementação de uma cultura em Educação Midiática no Distrito Federal.

 

Então, sem custos e de livre espontânea adesão, o link para o questionário é https://forms.gle/VRC8Nnd1YYNsQzDFA

 

A pesquisadora conta com o seu apoio!

 

Educação Midiática no Brasil

 

Apesar de o tema Educação Midiática já estar mencionado na BNCC, como um subtópico de “Culturas Digitais”, desde 2018, a indicação de uma elaboração de políticas públicas mais contundentes e de forma independente foi proposta pelo governo federal em 2023, com a publicação do documento Estratégia Brasileira de Educação Midiática (EBEM).

 

Dentre os eixos de atuação estão a promoção da educação midiática na educação básica; a formação e qualificação continuada de profissionais da educação e multiplicadores; o estabelecimento de parcerias com academia, sociedade civil e iniciativa privada; o desenvolvimento de campanhas educativas; a promoção do uso consciente de telas e dispositivos digitais por crianças e adolescentes; e a participação social.

 

Até então, ações em Educação Midiática ocorrem no Brasil de maneira isolada, encabeçadas por entidades civis, dos mais diversos segmentos, bem como por empresas ou universidades, como é o caso do próprio ObservInfo.

Vale lembrar que o tema vem à tona na sociedade como uma das frentes de mitigação de risco à desordem informacional, à reverberação de discurso de ódio, e aos avanços fundamentalistas ocorridos nas plataformas digitais nos últimos anos.

 

A pesquisa acima foi aprovada pela Secretaria de Estado da Educação do DF e pelo Comitê de Ética em Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Brasília.